Nicole: Entrei no movimento com 17 anos, na tropa sênior, mas já esbarrando no Clã Pioneiro. Na verdade, não tinha a pretensão de ingressar no Movimento, mas um amigo de infância, participava e minha mãe sugeriu de levar os meus irmãos nas reuniões do grupo, e decidi ir junto com eles para acompanhar e nunca mais saí! 

Fui sênior, pioneira, atuei como assistente de chefia na Tropa Escoteira mesmo. Uma experiência incrível! Com toda certeza, quando eu tiver filhos, irei proporcionar essa experiência que é o escotismo.

Apesar de que para mim, no caso ter sido uma experiência “mais rápida”, pois ingressei mais velha no Movimento, o que vivi enquanto jovem foi espetacular! Todo Grande Jogo que participei, acampamentos e pernoites que vivi, foram inesquecíveis. Até no meu aniversário de 18 anos eu fiz um pernoite, né? Foi especial

Jonathan: Entrei para o Movimento Escoteiro com 16 anos na Tropa Sênior, uma das melhores fase da minha vida, era incrível poder estar todo fim de semana no grupo escoteiro. Quando ingressei, a Unidade Escoteira ainda estava crescendo, o 130° Dom Pedro II de Petrópolis, era recém criado e fui convidado a participar por um amigo, éramos uma tropa sênior de quatro jovens, depois cinco e quando a Nicole entrou nos tornamos seis. E o 130 crescendo cada vez mais…

Foi muito bom poder participar dos primeiros eventos fora de Petrópolis, como o Torneio João Ribeiro a AcampSerra, muitas outras experiências muito boas que com certeza eu vou querer passar para meus filhos. É um momento muito importante como aprendizado, como crescimento pessoal. Foi um período em que aprendi várias profissões na minha vida. Através do escoteiro, eu comecei a trabalhar com esportes radicais, comecei minha vida, minha carreira com muito apoio do escotismo.

No escotismo conheci minha esposa e em nosso casamento colocamos um padrinho escoteiro, o Movimento é muito importante em nossa história!

Nos conhecemos no 130 RJ GE, éramos muito amigos, fomos amigos por muito tempo e sem nenhum sentimento além da amizade. Porém, um certo dia, fizemos uma pernoite com nosso chefe escoteiro, minha mãe e apenas nós dois da tropa sênior. Passamos o dia juntos e ao anoitecer, começamos a conversar sobre filme de terror e foi naquele estalo, sabe quando dá aquele estalo? Pensamentos como “será…?”

Me lembro que eu não queria que a conversa acabasse e, no mesmo instante, esse chefe escoteiro ele já tinha pescado, né? Já tinha notado alguma coisa diferente, ficou até zoando (risos). Detalhe: Ele se tornou nosso padrinho de casamento, esse mesmo chefe. Foi ali que tudo começou, né?

Depois disso, a gente continuou conversando, não começamos a namorar prontamente, pois eu enrolei um pouquinho, mas acabou também ajudando, porque a gente foi se encontrar, efetivamente, na faculdade. Nesse mesmo período, eu comecei na faculdade de Jornalismo e foi tudo acontecendo ali, mas o principal vínculo foi o escotismo. A gente foi em alguns acampamentos juntos, atividade, eventos e tudo isso foi muito importante para a gente. Foi assim, uma época que não tem como apagar, sabe?

Algo importante a se comentar, para nós dois, foi uma época muito boa, porque o nosso grupo era da Tropa Sênior e depois virou o Clã Pioneiro e, esse mesmo grupo, se tornou nossa “panelinha pessoal de amigos”, chamamos todos para o nosso casamento.

Sempre relembramos os bons momentos, realizamos pernoite diversas vezes já…..uma fase muito, muito importante. Sabe que a gente acaba levando amigos mesmo para a vida!

O nosso casamento foi para uma grande vitória! Queríamos realizar um casamento que fosse a nossa cara, e tentássemos representar o Movimento Escoteiro de alguma forma…e pensamos como que poderíamos fazer isso?

Para começar, o momento de de definir os padrinhos foi importante, pois pedimos para esse chefe escoteiro que estava lá desde 2017 conosco, que entrasse de uniforme na cerimônia e com a canção da despedida. Foi muito único e emocionante! A dona do espaço em que casamos, mãe de uma grande amiga escoteira, é chefe escoteira, ou seja, no casamento havia vários chefes e os nossos próprios amigos do clã.

Tanto que ao final registramos o momento com todos nós de lenço. Justamente assim, como forma de agradecer, né? Porque a gente nunca espera que ao entrar no Movimento Escoteiro, ” Ah….eu vou encontrar um namorado, vou casar com ele e vai ser incrível….” Não pensei nunca sobre isso, então ao final de tudo, foi perfeito o desenrolar da história!